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Será que a América Latina está pronta para se recuperar?

Com tudo o que ouvimos recentemente sobre o declínio nas negociações globais e com a previsão do DFP da Intralinks de alta nos deals globais anunciados no primeiro trimestre de 2016, um aumento menor do que o que vimos nos últimos anos de alta, cogitamos como a América Latina reagirá ao potencial declínio.

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Com tudo o que ouvimos recentemente sobre o declínio nas negociações globais e com a previsão do DFP da Intralinks de alta de 7% nos deals globais anunciados no primeiro trimestre de 2016 em relação ao primeiro trimestre de 2015, um aumento menor do que o que vimos nos últimos anos de alta, cogitamos como a América Latina (LATAM) reagirá ao potencial declínio.

Nos últimos anos, a América Latina não tem dado sinais de crescimento em atividades de M&A e, na verdade, apresenta reduções nas negociações desde o fim de 2013. Com a queda nos preços das commodities e uma acentuada desaceleração no Brasil, a maior economia da região, demorou muito para vermos qualquer mudança.

No último trimestre, começamos a ver alguns sinais de vida na América Latina, e os números deste trimestre para a atividade de deals em estágio inicial na região mostram um aumento de 48,6% no terceiro trimestre de 2015. No trimestre passado, testemunhamos maiores níveis de atividades no Brasil, México e Chile, com os setores imobiliário, de bens de consumo, mídia e entretenimento, varejo e energia apresentando maior fluxo de deals em estágio inicial.

Com o aumento nas atividades de M&A em estágio inicial observado no terceiro trimestre de 2015, particularmente no setor de bens de consumo, parece que os concorrentes globais reconhecem que as mudanças demográficas poderão beneficiar as empresas da região no futuro. Eles podem tentar avançar antes que os mercados decolem e os deixem para trás.

O ânimo dos negociadores da América Latina também começou a melhorar. Na nossa pesquisa de opinião mais recente sobre M&A, 46% dos participantes mostraram-se otimistas sobre o ambiente atual de negociações, em comparação com apenas 29% no último trimestre. Além disso:

• 52% esperam participar de mais negociações que há seis meses
• 52% preveem um aumento no volume de deals
• Os participantes preveem que a política monetária terá maior impacto sobre as atividades de M&A nos próximos 12 meses
• 38% acham que o número de megatransações aumentará em comparação com o do ano passado

Entretanto, nem tudo são flores, e quando observamos os fatores globais com potencial para afetar as negociações, podemos perceber que o panorama ainda não mudou:

• 41% consideram que, em 2015, o volume total de deals no mundo inteiro não superará os níveis de 2007, anteriores à crise financeira mundial
• 79% estão preocupados com o efeito das taxas crescentes de juros do próximo ano sobre as atividades de M&A na sua região
• 77% preveem que a desaceleração no crescimento econômico chinês terá impacto sobre as atividades de M&A em sua região nos próximos seis meses
• 41% preveem que os níveis de avaliação das transações de M&A em sua região serão inferiores em seis meses, em comparação com os níveis atuais

Será interessante ver o desenrolar dos próximos trimestres. Será que a América Latina está pronta para a recuperação, ou aguardará para ver o melhor caminho a seguir?