Executivos discutem eficiência de programas de compliance
16 novembro 2017No último dia 10, o WTC realizou o III Fórum de Compliance – evento que teve como um dos patrocinadores a Intralinks e reuniu executivos de grandes companhias para discutirem as perspectivas da prática na América Latina e no mundo.

No último dia 10, o WTC realizou o III Fórum de Compliance – evento que teve como um dos patrocinadores a Intralinks e reuniu executivos de grandes companhias para discutirem as perspectivas da prática na América Latina e no mundo.
A importância da implementação de um programa de compliance como mecanismo anticorrupção tornou-se essencial não só para empresas globais, mas também para companhias brasileiras que, nos últimos anos, se viram envolvidas em diversos escândalos.
A urgência em acabar com esse cenário que mancha a reputação dessas empresas é grande e, por isso, muitas legislações específicas foram criadas para coibir práticas que, até então, eram permitidas.
Por isso, entender os princípios básicos para implementar um programa eficiente é essencial para o sucesso da companhia e, também, para mitigar riscos antes mesmo dos problemas acontecerem.
PILARES DO COMPLIANCE E A ALTA LIDERANÇA
Toda organização que deseja implementar um programa de compliance deve se basear em alguns pilares que determinarão como ela deve atuar no dia a dia. Por isso, é importante que os direcionamentos sejam fortes e abrangentes para que não haja incertezas quanto ao caminho que deve ser seguido.
A medida deve integrar todos os colaboradores, mas o sucesso da prática na rotina da empresa dependerá principalmente dos esforços da alta liderança.“Não existe programa de compliance se não há a adesão do conselho de administração. Além disso, a direção precisa entender que o conselho é uma peça fundamental para colocar em prática as ações”, diz Pyter Stradioto, diretor de compliance para a América Latina da Samsung.
No momento em que normas e condutas são incorporadas dentro da companhia cabe ao líder disseminar as novas regras e dar o exemplo. Isso porque, não importa qual seja a empresa, quando a mensagem é compartilhada pelo presidente ou diretor, ela chega mais rápido aos colaboradores.
CULTURA DO COMPLIANCE
“Prevenir é melhor que remediar” e um bom programa de compliance deve prevenir e detectar quais são os pontos sensíveis da companhia em questão, mas é importante ressaltar que se ela não tiver construído uma cultura e fizer dessa conduta parte do seu negócio é muito difícil atingir o sucesso.
“Se a empresa não consegue integrar a cultura do compliance, as chances de falhas são muito grandes, e aí o programa só será interessante para diminuir o prejuízo, mas o que a gente quer é que ele não aconteça, então, trabalhar na implementação da cultura é essencial para o sucesso”, explica Luís Radulov, VP jurídico da ABB para América Latina.
Além disso, um programa de compliance não serve apenas para prevenir ou solucionar problemas, mas também para agregar valor à companhia e gerar impactos positivos aos olhos de empresários e acionistas.
No próximo post daremos continuidade ao tema, abordando os desafios das leis brasileiras em relação ao compliance e como a prática impacta o mercado de M&A.

Claudio Yamashita
Claudio Yamashita é Diretor da Intralinks Brasil, responsável por vendas e operações. Ele tem 15 anos de experiência em soluções de tecnologia e colaboração com empresas de software globais, como Oracle, Ericsson e Amdocs.
Durante sua carreira, se concentrou em capacitar empresas com serviços e soluções de computação em nuvem para ajudar as organizações a melhorarem o fluxo de trabalho e a produtividade.
Com experiência na região, o Sr. Yamashita está na Intralinks desde que a Sede Regional foi aberta em 2010 e lidera a equipe no Brasil desde 2012.